Miguel Barbieri

9 de dez de 2021

Polônia à Flor da Pele: risos diante de ataque de nervos

O segundo episódio: violência extrema no mercado

Venho dizendo que a Polônia tem uma das filmografias mais instigantes da atualidade, tanto que fiz uma lista com filmes poloneses na Netflix. Acrescentaria mais um: Polônia à Flor da Pele, também disponível na Netflix.

É um longa-metragem composto de seis curtas-metragens, que têm em torno de 10 a 15 minutos. Em geral, coletâneas são irregulares. Mas não é o que ocorre aqui, já que o trio de roteiristas e cineastas, Veronica Andersson, Mateusz Motyka e Maciej Slesicki, conseguiu dar unidade ao todo.

Pode-se dizer que a espinha dorsal das histórias é o comportamento explosivo dos personagens diante de situações estressantes. São poloneses à flor da pele ou à beira de um ataque de nervos.

Entre as situações caóticas estão um pai à procura de seu bebê que sumiu num supermercado, uma família de empresários prestes a receber fiscais da receita federal e um casal travando uma batalha com uma inquilina que não paga o aluguel.

O curioso das tramas é que elas começam de forma dramática para, aos poucos, ganharem um humor singular, que vai da violência extrema às vinganças sórdidas. Eu me diverti.

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