Miguel Barbieri

24 de mai de 2021

Em Busca de Sheela: uma vilã em doc fundamental

Atualizado: 8 de jun de 2021

Foto: divulgação

Se você viu a série documental Wild Wild Country pode continuar lendo este post. Caso não tenha visto, recomendo MUITO que você assista. Também está disponível na Netflix.

Se você chegou até aqui é porque já assistiu. Fiz essa introdução porque Em Busca de Sheela é uma espécie de sequência. O documentário dá voz a Ma Anand Sheela, a secretária do guru indiano Rajneesh, ou Osho, que montou uma comunidade no interior do Oregon em 1981. Envolto em polêmicas, o rancho, que abrigava centenas de membros da seita, teve um destino trágico, assim como Sheela, que era braço-direito de Osho e por quem nutria uma paixão platônica.

O documentário, de apenas 58 minutos, dá a Sheela o "direito de resposta", já que ela virou a "vilã" da série documental. Os primeiros e últimos minutos são dedicados a mostrar seu trabalho como dona de uma clínica para doentes físicos e mentais na Suíça.

O recheio do filme, porém, é melhor. É quando Sheela volta pela primeira vez à sua Índia natal, após uma ausência de mais de trinta anos. A série Wild, Wild Country foi um sucesso e Sheela ficou com a reputação abalada na Índia. Não é à toa que, em todos os programas de TV, ela tem de responder às mesmas perguntas relacionadas aos crimes cometidos na década de 80. É como se todos tivessem a necessidade de obter respostas mais claras sobre seu escuso passado. Só que Sheela, sempre espirituosa, sai pela tangente e dá a volta por cima com tiradas bem-humoradas.

Tão enigmática quanto carismática, Sheela é uma figura controversa, que tem fãs e detratores - e o documentário, embora passe certo pano, deixa isso explícito.

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